ESCOLA BIBLICA DOMINICAL ***

Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre

Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição:
O Ministério Profético na Bíblia,

a voz de Deus na Terra


3º trimestre/2010


Adquirindo Sabedoria através do Estudo da Palavra de Deus.


PARA MEDITAR:

Gen 41:39 - Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu.

Pro 9:9 - Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina.

Pro 16:16 - Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quão mais excelente é adquirir a prudência do que a prata!

Lição 02 - A Natureza da Atividade Profética

Lição 02 - A Natureza da Atividade Profética



Leitura Bíblica em Classe


Jeremias 1.4-6, 9-14

I. As formas de comunicação de aos profetas


II. As formas de transmissão da mensagem dos profetas ao povo


III. A questão extática do profeta

Conclusão

Prezado professor, a palavra-chave da lição desse domingo é Comunicação. O termo significa “processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens por meio de métodos ou sistemas convencionais”.


A comunicação é o recurso que Deus utiliza para se revelar ao seu povo. Nesse sentido, a profecia do Antigo Testamento foi comunicada mediante algumas formas de transmissão: diálogos; visão ou sonho; declaração oral e direta; figuras e símbolos; oráculos por ação (é a ação ou ato de um profeta que transmite uma mensagem profética. Ex.: Oseias casa-se com a prostituta representando o estado caótico de Israel, mas também o amor imortal de Deus por seu povo).


A função primária da profecia é prenunciar a Palavra de Deus. O ministério profético, em Israel, surge diante da necessidade de comunicação e acatamento dos desígnios de Deus estabelecidos para o seu povo. Os profetas que exercem tal função são porta-vozes de Deus para transmitir seus desígnios.


Para que aja transmissão de mensagem tem que haver um receptor. Este deverá receber a mensagem com clareza e compreensão. Por isso a diversidade que Deus usa em formas de transmissão de sua mensagem (conforme visto acima) é riquíssima em linguagem. O exegeta Walter C. Kaiser Jr, sobre essa diversidade, diz:










Constantemente, eles [os profetas] advertiam o povo


de Deus sobre o juízo que pairava sobre eles, se


deixassem de se arrepender e de se desviar do mau


caminho que decidiram seguir. Por isso os profetas


usaram todos os mecanismos literários [grifo nosso]


que puderam imaginar para captar a atenção e a boa


vontade de seu público.[1]










A profecia veterotestamentária tinha o papel de advertir a nação, combater a idolatria, falar a favor dos pobres e oprimidos (viúvas, órfãos, etc.). Enfim, profetizar, majoritariamente, era ir à contramão do poder opressor estabelecido em Israel.[2] Isso provava que Deus não consentia o que os homens, em sua soberba, pensavam ser benção oriunda dEle. Enquanto que para o povo os representantes do poder, em suas mordomias e luxuosidade[3], eram exemplos de “aprovação de Deus”; Deus demonstrava por meio dos seus profetas que as almas dos tais já estavam compromissadas com a imundície. Os profetas mostravam que o que para os homens era “benção”, para Deus não passava de abominação.






Para transmitir essas verdades, o Eterno conduzia os profetas pelos principais meios de comunicação profética: Proclamação Direta (Nm 12.8; Jo 3.4); Linguagem Figurada (Is 40.3-5; Lc 3.1-18); Apresentação Dramática (Jr 27.2; Ez 5.1-12).






Prezado professor, reflita com os alunos que Deus se comunica e revela soberanamente através de quem Ele usa. Incentive-os a atentarem à forma que o Senhor transmite suas verdades e desígnios.

Referências Bibliográficas

KAISER JR, Walter C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.

DICIONÁRIO WYCLIFFE. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.


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[1] KAISER JR, Walter C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p. 121.

[2] Em Israel esse poder era representado pelos reis, que abandonaram os princípios divinos, e pelo sistema religioso judaico cujo processo era completamente corrompido (Jr 44.1-30; Ml 1 – 3).

[3] Em detrimento da vida social do povo.